NOVEMBRO AZUL Por Dr. Rafael F. Ambar

NOVEMBRO AZUL Por Dr. Rafael F. Ambar

No Brasil, o câncer de próstata é o segundo câncer mais comum entre os homens, sendo responsável por mais de 65.000 casos diagnosticados por ano no país, levando 1 óbito pela doença cada 40 minutos.

Muitas pessoas acreditam que só precisam procurar auxílio médico quando aparecem sintomas como ardência ou dor ao urinar, jato urinário fraco, presença de sangue na urina ou no esperma, entre outros. Na realidade, sabe-se que na grande maioria dos casos, o câncer de próstata é uma doença silenciosa, não apresentando sinais ou sintomas típicos, sendo que as queixas citadas acima são mais relacionadas ao crescimento benigno da próstata (hiperplasia Prostática Benigna – HPB) do que ao câncer de próstata.

Atualmente, em países subdesenvolvidos, 30-40% dos pacientes diagnosticados ainda morrem pelo câncer, apesar dos avanços recentes na área médica. No entanto, quando o diagnóstico é feito precocemente, as chances de cura são de aproximadamente 90%.

Os exames de rotina realizados na prática diária para rastreamento incluem basicamente a dosagem do PSA (exame de sangue onde é verificado o valor do PSA no sangue, que quando aumentado pode indicar a presença de câncer de próstata) e o exame de toque retal.  A periodicidade destes exames e a necessidade de realização de outros exames como ultrassonografia, ressonância magnética, entre outros são avaliados individualmente em cada caso.

A SBU (Sociedade Brasileira de Urologia) recomenda que homens a partir dos 50 anos devem procurar um urologista para avaliação especializada. Homens da raça negra ou que tenham parentes de primeiro grau com câncer de próstata, devem fazer a primeira avalição aos 45 anos. A EAU (Associação Europeia de Urologia) recomenda ainda que seja feita uma primeira avaliação aos 40 anos para dosagem de PSA. 

Por fim, vale lembrar que a saúde masculina vai muito além do câncer de próstata. Doenças sexualmente transmissíveis, infertilidade, distúrbios sexuais, cálculos renais também são tratados pelo urologista. Devemos aproveitar o movimento do Novembro Azul para lembrarmos que a saúde masculina deve ser esquecida. Agende uma consulta com seu médico e faça seu check-up!


Dr. Rafael F. Ambar – CRM 145.688

Andrology Fellowship at American Center for Reproductive Medicine - Cleveland Clinic

Fellowship em Medicina Sexual e Infertilidade Masculina - FMABC, Brasil.     

Membro da SBU, ABEMSS, AUA, ESHRE, ISSM